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quarta-feira, 15 de junho de 2011

Preconceito

Hoje vim conversando no ônibus com uma colega. Entre tantos papos, entramos no assunto “preconceito”, foi quando lhe lancei a pergunta: “Na sua opinião, preconceito vêm de casa?”. Sua resposta foi afirmativa.
Na minha opinião, velha opinião, batida e já encardida em tantos papos de universidade, Preconceito vem sim de casa. Mais do que de casa, o Preconceito está impregnado na sociedade, entre os muros, entre os pilares das escolas, entre os paralelepípedos das ruas. O preconceito não é mais a palavra usada para caracterizar a aversão ou o ato de discriminar alguém por sua cor, pela sua orientação sexual, origem cultural e étnica. Infelizmente, o preconceito hoje está ganhando proporções maiores e indo para o âmbito econômico. O salário das pessoas muitas vezes a diferem das demais. A roupa que usa, o tênis que calça, entre outros.
Há tempos atrás, lendo um blog me deparei com o relato de um fato impressionante. A professora de jardim de infância era lésbica, até que um dia um de seus aluninhos chegou perguntando se ela tinha namorado. Ela negou, e emendou “tenho uma namorada”. O aluninho na sua inocência, entendeu que a professora tinha namorada e perguntou “professora tem namorada, vai casar com a namorada, ter filhos com a namorada?”. A professora respondeu afirmativamente. Após um abraço entre a professora e o aluninho, ele saiu correndo entre os seus colegas, alegre, contando que a professora tinha uma namorada, os colegas por sua vez, também entenderam o fato da professora ter uma namorada.
Certa vez, em uma escola houve uma festa á fantasia, típica de escolas de Educação Infantil. Um garotinho foi fantasiado de garota, sua mãe tinha inclusive atendido ao pedido do filho e comprou roupas de garotas e o ajudou a se maquiar. A festinha correu bem, até que dias depois a reação veio dos pais pois o garoto tinha se vestido de menina. Isso é algo sem lógica, tratando-se de uma festa a fantasia, mas diante disso é possível perceber o quanto o preconceito leva o ser humano a fazer coisas absurdas.
Uma criança, em sua inocência, não vai se importar com a roupa que você usa, o sexo da pessoa com quem você namora, a cor da sua pele. Para uma criança basta o carinho, a proteção e a amizade que você pode oferecer a ela. Mesmo assim, elas mesmas são vítimas da influência dos pais. Talvez alguns já tiveram oportunidade de ver no Youtube o vídeo feito por psicólogos que entrevistaram crianças de aproximadamente cinco anos. Diante dela haviam várias bonecas, e uma delas era negra. Foram feitas várias perguntas, e quando se perguntava “Qual é a boneca feia”, ou “Qual é a boneca má”, todas apontavam para a boneca negra. É o que eu afirmo: Preconceito vem de casa. Um bebê pode chorar quando ver um negro querendo pega-lo no colo, mas isso não será por causa do preconceito, e sim por causa da falta de convivência com uma pessoa daquela cor, é uma rejeição inocente, inconsciente, e portanto não é preconceito.
Durante uma passagem pela África do Sul, eu estava dentro de um daqueles ônibus super lotados, sendo a única branca presente. Entre as lições que eu estava aprendendo naquele país, uma delas era a aceitação incondicional do ser diferente a mim em todos os aspectos. No banco diante de mim estava sentada uma mãe com uma criança de colo e mais três apertados ao lado. Quando a criança de colo começou a chorar, a mãe falou em alto e bom tom, sem sentir necessidade de disfarçar: “Pare de chorar senão a branca te pega”. Respeitei, continuei na minha, mas não entendi o porquê, sabendo que eu podia ser a única branca no ônibus, mas não era a única no país. Diante disso, a necessidade de aceitação continuava a mesma.
Mas, uma coisa que eu não consigo, ainda mais entender é a Homofobia. Quem já leu o livro “A Cabana” e quem tem um mínimo de entendimento da bíblia sabe que Deus não se intitula como um ser masculino. Para Deus, os órgãos sexuais não são documentos para que eu tenha que me relacionar apenas com uma pessoa do mesmo sexo que o meu. Assim como para ele, o que uso, a cor da minha pele e tantos outros fatos não importam. O problema está nos olhos de quem vê. Se preocupassem-se com o que mata, o mundo seria bem melhor, ao passo de que os olhos teriam aprendido o suficiente para ver que o Amor independe das pessoas, dos fatos e tudo mais, que o Amor constrói ao invés de destruir, que muda as pessoas para melhor. Teriam Aprendido tantas coisas!  Próximo post colocarei algumas considerações, espero que pensem e repensem!
Tenham todos uma ótima noite. Abração!

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