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sábado, 9 de julho de 2011

Aprendizados

Os últimos dias foram tensos, tanto para mim quanto para ela.
Houveram momentos em que pensei "pronto, agora tudo acabou!", mas ela, como toda a sua delicadeza e todo o seu amor mostrava-me que não, que o fim não tinha chegado, fortalecendo a minha certeza de que esse amor não tinha acabado e nem iria acabar.
Houve momentos em que ela disse "tudo acabou!", mas como tinha me fortalecido antes, usei a força que ela tinha me dado para fortalecê-la também em sua certeza de que o nosso amor não acabou. Foi complicado, demais.
Todas as noites, imersa na tristeza e com lágrimas nos olhos, eu tentava ir. Era aí que ela segurava a minha mão entre as suas e dizia "Calma Amor, me perdoa? Eu não consigo ser durona com você, isso me machuca". Eu conseguia ver a sua alma através dos seus olhos, e sentia uma vez mais que o nosso amor ainda estava aceso, apesar do vento forte que soprava sobre ele.
Tentamos mais de uma vez voltar a ser aquelas duas de antes. Somente na terceira conseguimos. Na terceira tentativa decidimos esquecer tudo o que tinha nos machucado, tudo mesmo, e voltar a ser aquelas de antes, sem guardar mágoas, nem ressentimentos, sem fazer o que havíamos prometido das duas outras vezes: tratar diferente por causa do erro cometido. Entre as coisas que mais me machucavam, certamente estava o fato dela afirmar que não conseguia mais trabalhar com planos futuros. Na terceira vez, nos propomos a mudar isso, e isso foi o que mudou a nossa situação para o que era antes de todos os problemas.
Nos agarramos durante esse período a tudo que tínhamos sido antes, todos os planos, sonhos, vontades. Nos agarramos áquelas noites deitadas na cama onde dissemos, entre o calor dos beijos que nada, nada mesmo iria sufocar o nosso amor. Nos agarramos áquelas piscadelas disfarçadas quando estávamos em um ambiente cheio, áqueles sussuros ao pé do ouvido, agarramo-nos, enfim, ás mais simples coisas que existiram no nosso relacionamento, e foram elas que nos salvaram.
Agora está tudo bem.
Foi necessário deixarmos de lado o nosso orgulho para podermos nos acertar. Deixar de lado aquelas pequenas coisas que nos impediam de se entregar completamente para conseguirmos nos olhar de uma forma digna, sem mascararmos os sentimentos, sem o controlarmos. E deu certo.

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