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terça-feira, 9 de agosto de 2011

Educação e Diversidade Sexual

Conversando dias atrás com alguns amigos no MSN, me deparei com a pergunta "o que você acha de escolas GLBT?".
A principio estranhei o termo "GLBT". Me questionei se seria escola para filhos oriundos de famílias homoafetivas ou escola para indivíduos homossexuais.
Logo entendi que se tratava de escola para filhos oriundos de famílias homoafetivas.
Opinei como critica da sociedade, mãe, homossexual e estudante de direito. Pequenos detalhes que talvez valorizem a minha opinião a respeito do assunto.
Em primeiro lugar, vejo que existem pontos positivos e negativos na relação "Escola direcionada a filhos de pais Homossexuais", podendo exaltar, em primeiro lugar, ao fato de que, estando em uma escola assim, as chances de uma criança sofrer algum tipo de preconceito pelo fato de ter duas mães ou dois pais reduz drasticamente, além do fato de, positiva ou negativamente, poderem conviver com indivíduos de uma mesma relação que eles.
Negativamente falando, uma escola direcionada a "filhos de pais homossexuais" se concentraria em apenas uma realidade. Não é isso que eu quero para os meus filhos. Apesar de preveni-lo a sofrer por uma escolha minha, não poderei fazer isso sempre. Eu, como mãe, quero acostuma-lo e torná-lo preparado para novas ofensivas relacionadas á minha opção sexual, como um pai que leva um filho para o campo de batalha para que ele acostume-se e aprenda desde cedo as táticas da luta.
Ou seja, quero dizer que, posso preveni-lo desse preconceito até uma certa idade, mas depois ele terá que enfrentar o mundo lá fora, e o baque pode ser bem maior.
Sabemos que a aceitação entre as crianças é maior. Da mesma forma que a adaptação e o desenvolvimento do seus senso critico e defesa. Se o meu filho crescer em um meio diversificado, junto a filhos de pais separados, famílias"comuns", filhos de mães solteiras, entre outros, isso irá prepara-lo melhor para a vida, pois, chegando a uma determinada altura, ele compreenderá que todos temos algo de diferente dos demais, que o torna ainda mais especial. E esse "algo diferente" nele, é o fato de ter duas mães, e ser amado pelas duas.
Hoje em dia está cada vez mais comum dentro das salas de aula crianças oriundas de diferentes grupos familiares. Lembro-me de que, quando eu frequentava a Educação Infantil, o modelo de família era baseada naquele conceito "Pai, Mãe e filhos". Hoje isso deveria mudar. Poderiam ensinar a respeito da diversidade baseando-se no modelo familiar também: "Mãe, Mãe e filhos", "Pai, Pai e filhos", "Mãe e Filhos".
Me impressiona o ar de surpresa com que alguns profissionais da educação olham uma criança ao descobrir que ela tem duas mães ou dois pais. E o ar de desespero quando pensam na forma que irão educá-la diante de outras crianças, como se fosse um deficiente em meio á tantas outras crianças super capacitadas. O segredo disso é treinamento e naturalidade. Treinamento. Naturalidade. O que há de diferente nisso?
Outra coisa que entrou em questão foi a distribuição do kit Gay. Sinceramente, apesar de ser mãe e homossexual, sou contra a distribuição de tal.
Parto do principio de que, não podemos obrigar uma determinada escola a distribuir o material sem a sua devida vontade, isso deveria ser opcional. Fui educada em uma escola religiosa, e, com relação ao homossexualismo, apesar de serem contra, respeitavam. Era visível o esforço que faziam para tal. Penso na dificuldade que seria distribuir e falar de um tema como esse. Mesmo que as escolas fossem obrigadas a distribuir tal material, a educação de fato começa em casa. Pensem em uma criança que tem a mente trabalhada na questão de diversidade sexual, aceitar os gays, mas em casa tem um pai homofóbico que fica a enchendo de bobagem ao observar o que está aprendendo. Quem ela ouvira em primeiro lugar? O pai. E o que acontecerá? Herdará ou copiará a sua revolta. Costumo dizer que a melhor escola é a vida, com o tempo, por força do destino ou da própria inteligencia, ela aprenderá a aceitar isso e ver tal ato com normalidade.
E, de fato, como afirmam muitas criticas, que tem ao menos um parágrafo de inteligência. Melhor seria gastar dinheiro com merenda escolar que anda faltando nas escolas, e investir não somente na aceitação da homossexualidade em especial, mas de todas as diferenças, como cor, porte fisico, escolha sexual, entre outros.
Aguardo comentários de vocês! Abraços á todos.

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